Exposição anterior:
Joana Lucas
Encenar o Acaso
de 2012-05-26
a 2012-06-28
Imagens claras, iluminadas. E da claridade nasce a ameaça, por linhas sinuosas chega uma dúvida, a incerteza, a insegurança.
Primeiro a claridade, a beleza, depois a figura, empatia, desconforto, sensação de perigo, de novo a harmonia, a delícia, e logo algo agressivo, incómodo, - uma imagem fértil. Memória de vivências.
É neste percurso, que oscila entre o deleite e o desconforto, que se tenta possibilitar o maior desfrute, que se promove a procura dentro da imagem de mais um pormenor que permita avançar numa observação de contrastes subtis, de mudanças ténues e constantes de direcção. Como na vida.
A imagem fértil, de onde se parte em múltiplos sentidos, ou de onde se desfruta as possibilidades de partida, de leitura. De onde se antevê, ou se contempla. Uma imagem que possibilita o pensamento, que lhe dá um lugar para expandir-se.
A realidade banha-nos de imagens férteis permanentemente. São encontros ocasionais, e momentos de claridade.
Encenar os encontros: O processo nasce de um estímulo. Um objecto, uma acção, uma mancha.
Segue-se o depurar de uma situação no sentido de apresentar o estimulo no seu máximo potencial.
Então o objecto move-se por vários cenários, é acompanhado por outros objectos, ou por figuras que representam ou agem de modo a acentuar a singularidade do estímulo, ou de modo a limpar a imagem de outras distracções. Define-se o quadro. E este é uma representação de uma imagem fértil, uma encenação que apresenta um momento capaz de promover o sentimento, o pensamento, ou o desfrute, quer da bonança, quer da tempestade.
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