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Isabel Sabino | SETE dias [Re_edit asinha, asinha]

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A Galeria Sete apresenta a exposição “SETE dias [Re_edit asinha, asinha]”, uma mostra individual da artista plástica Isabel Sabino que inaugurará sexta feira 28 de fevereiro, das 16h30 às 20h e patente até 5 de abril de 2025. A entrada é livre e todos são bem-vindos!

SETE dias [Re_edit asinha, asinha]
Um cravo pode não ser uma flor, dizem facetas de realidades, representações e linguagens. [Segunda-feira: Dança de véus?]
Aqui, há pinturas-paisagens mais ou menos idílicas de lugares possíveis e utópicos, cenas e canções ou filmes. Mas irrompem sinais de guerra, devastação, frivolidade e desnorte, bem como cálida humanidade, inquietando a elegia da beleza. Trágica ou bossa nova, esta urge para atenuar editais de um fim qualquer, desbloquear alma e desejo, fazer soprar alívio e esperança na descrença e na ameaça, dentro e fora. [Terça: Vida em apneia?]
Ali, nos papéis de “Os Álbuns de Ana”, projeto de 2021, uma personagem de ficção soma homónimas e guarda instantâneos, tocando no mundo apenas através da luz azul dos ecrãs. Da passagem dela resta uma secretária, objetos ou já nem isso, papéis sobretudo, desenhos/pinturas: são vislumbres de coisas pessoais e coletivas como escolhas de bagagem em fotos, textos, mapas, vistas, com cenas de família, atividades submarinas, Cousteau e Verne, a chegada de astronautas à Lua, o 25 de Abril em Lisboa e as 3 Marias, fugas de Fellini em 8 e 1/2, laranjas azuis de Tintin ou experiências da família Piccard e perseguições dos Blade Runner no planeta Terra ou em Solaris. Realidades de grau diverso à distância de afagos vítreos são, contudo, apenas imagens-pinturas, em cuja banda sonora persiste um eco de Steiner: imagina que tens uma semana para aprender a respirar debaixo de água. Aprende. [Quarta: Splash?]
Acolá, com obras mostradas ou inéditas, a desarticulação e remontagem abre hipóteses em processo, interrogações, talvez nexos novos, também em colagens mesmo no sentido estrito. Aí, é experimentar, cortar, colar, reeditar imagem, mundo, palavra, língua, gesto, pintura, ou como os entendermos e nos entendermos neles, a limite no beyond sense, beyond reason, beyond knowledge, wellcome sejam todas as inteligências. A haver ainda natureza, história(s) e utopia, que logo a primeira dê o mote das palavras desnaturadas, naturalizadas noutra linguagem qualquer, ecos e gestos em si a precisarem de tradução e revisão, da fala às escritas e ao desenho dos comportamentos. Zangezi dizia o russo há cem anos, zubi zeva novi certa malta de cá há décadas, je ne sais quoi com sotaque americano a formiga Z, bips silenciosos máquinas incríveis. Enquanto isso, eu esfarelo as unhas no centímetro que me cabe, pedaço de tela, papel, nem que seja o avesso do saco do supermercado, centro de um país especial. [Quinta: Ainda P?]
Tanto como o espanto da novidade, rever, remendar e reutilizar juntam-se ao desafio de fazer conviver coisas diferentes umas das outras, contrastes e qualidades anacrónicas de autonomia imperdível, aceitando descontinuidades no potencial de coexistência democrática sem que o jogo de negociação (composição) material e conceptual vise coerência forçada, antes alguma descoberta, mutação ou nova perspetiva narrativa, sob intuição ou desejo de ínfima ligação. [Sexta: Possível?]
Sem pressa, sem questão nem recusa de recuos tão incómodos como vanguardas embranquecidas a cada novo avanço tecnológico, na certeza de que tudo oscila na tensão entre o fixo e o fluxo, a pintura é espaço de liberdade e ensaio para pensar, um laboratório para, afinal, pessoas. Em busca ou contemplação, os tempos aí tão depressa aceleram como param, trocam as voltas a qualquer linearidade, inclusive a que muita da história da arte e da pintura no modernismo pretendeu determinar. [Sábado: Que sobra?]
Voltando ao princípio, um cravo não é (só) uma flor. Uma gaivota é um lugar. [Finalmente, domingo: Formiga asinha, danças?]
Isabel Sabino

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